quinta-feira, 13 de março de 2008

Muito além da Noticia, é Leticia Murta

Inteligente, perspicaz, polêmica, agressiva e senão também pretensiosa!! Essas são as muitas das características que contemplam o perfil de Letícia Murta (foto do arquivo pessoal) Apesar de que Murta não é adepta a “rótulos” e vive de forma intensa cada minuto que respira. Estudante de jornalismo, Letícia assinala uma brilhante história em seu período de graduação. Pretende ir muito alem até mesmo do que ela própria imagina.
Decidida, vai fazer seu projeto de conclusão de curso com base no jornalismo investigativo e policial, “meu objeto de pesquisa será formulado em função do jornalismo investigativo pelo fato de eu ter estagiado como apuradora de matérias policiais”, diz eufórica. A principio ela queria trabalhar em seu projeto de conclusão de curso com base na ética no jornalismo na questão da câmera escondida. “Quero poder entender até onde é ético entrar num local com uma falsa identificação e descobrir coisas ilícitas para informar ao publico”, afirma. Ela quer compreender até onde é ético essa postura profissional e a importância de informar e alertar a população sobre o que esta acontecendo.
Mas Letícia tem vontade de analisar como o gênero (investigativo) ganhou força e de que maneira se transformou no que conhecemos hoje. “O fim da censura oficial valoriza o debate ideológico, isso reflete também na cobertura policial?” questiona copiosamente. A estudante vai focar seu projeto de conclusão de curso dentro do período de abertura política no Brasil, entre 1975 a 1986, o repórter passa a atuar como investigador policial e dar atenção política às coberturas policiais. “Minha pesquisa pretende analisar a nova configuração que a imprensa assume no período de abertura política do governo Geisel e o fortalecimento da reportagem investigativa” diz. Deste modo, ela vai produzir um texto científico sobre o gênero investigativo de reportagem no Brasil.
Com isso, ela vai pesquisar durante o período de ditadura militar, as matérias de cobertura policial que são marcadas por um esvaziamento do debate político, reflexo da censura e a distensão política marca uma nova fase no jornalismo. A partir de 1975, no governo de Ernesto Geisel, e a abertura lenta, gradual e segura reflete também na imprensa. O AI-5 foi revogado em dezembro de 1975, os censores se retiraram das redações a partir de janeiro desse mesmo ano. Neste período o jornalista começa a atuar como investigador dos casos policiais e não apenas relatando os fatos. “O jornalista começa a assumir o papel fiscalizador” diz.

Saiba mais sobre Letícia Murta

2 comentários:

Letícia Murta disse...

Arrasou!!! Adorei o perfil.
bjs

Carlos Eduardo Gravatá disse...

Leticia é assim e, é assim que gosto dela.