sábado, 23 de fevereiro de 2008

Herói? Tirano? Ele foi Tudo!!


Fidel Castro (foto ao lado - retirada do site Google) não queria só o poder, ele tinha o seu ideal. E com a aliança de outros grandes nomes, ele fez a sua historia em Cuba consolidando quase meio século no Comando da Ilha de Cuba. Fidel Alejandro Castro Ruz é o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros. Aos 33 anos de idade se torna Presidente de Cuba, a qual governa desde 1959 como chefe de Governo, e, de 1976 como chefe de Estado. Ele lutou tanto pelo poder que hoje suas condições precárias de saúde não o permitem continuar no cargo mais alto cubano – Chefe de Estado.

Nesta terça feira (dia 19 de fevereiro), Fidel Castro anunciou que não vai se recandidatar ao cargo de presidente de Cuba (Cargo que ocupa há 49 anos). Para muitos (seus defensores), o Presidente de Cuba teria representado o herói de uma revolução social e a garantia de repartição eqüitativa da riqueza no país, devido a sua política socialista. Para seus adversários internos e externos, no entanto, Castro foi um líder de regime ditatorial baseado numa política de partido único. Foi um líder bastante contestado e também admirado internacionalmente, principalmente pela sua ideologia e forte resistência às influencias sociais e sociológicas dos Estados Unidos da América.

A História de Fidel representa uma grande importância no âmbito político internacional, sua historia vai de encontro com historia de outros grandes revolucionários (“Che” Guevara Cienfuegos e Raul Castro – que se tornaram seus companheiros mais tarde). Ele se formou em Direito pela Universidade de Havana de Cuba e a partir de então se dedicou de modo especial à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo de Carlos Prio através do diário Alerta e das emissoras Radio Alvarez e COCO e se vinculou estreitamente ao Partido do Povo Cubano (Ortodoxo) que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952. Ano em que ocorreu o golpe de estado em 10 de março por Fulgêncio Batista ao qual Fidel condenou no diário La Palabra e pretendeu levar aos tribunais, o convenceu da necessidade de buscar novas formas de ação para transformar a sociedade cubana. El Acusador era o nome sugerido pelo grupo, Fidel foi co-editor deste novo órgão onde assinou seus trabalhos apenas com seu segundo nome, Alejandro. Este mesmo pseudônimo utilizaria mais tarde em suas correspondências e mensagens. Daquele grupo sairia o núcleo inicial de jovens que sob seu comando atacariam de assalto os quartéis de Moncada em Santiago de Cuba e de Céspedes, em Bayamo em 26 de julho de 1953 e fundaria depois o Movimento Revolucionário de 26 de julho.

O ano de 1953 marca-se de importância para Cuba, pois o movimento estudantil passa a promover manifestações contra o governo de Fulgêncio Batista. Em 26 de julho Fidel Castro liderou um ataque ao quartel de Moncada. A tentativa foi frustrada,pois, os rebeldes foram parar na prisão e, em maio de 1955, depois de anistiados, foram para o exílio no México. Fora de Cuba, Fidel, Raul Castro, o médico argentino Ernesto “Che” Guevara e Camilo Cienfuegos Gorriaran organizaram o movimento 26 de julho, com o claro objetivo de voltar a Cuba e derrubar a ditadura de Batista. Fidel, Raul e “Che” conseguiram chegar a Sierra Maestra de onde passaram a organizar os camponeses para a luta armada. Ao mesmo tempo os rebeldes buscavam o apoio de setores da burguesia contrário à ditadura de Fulgêncio Batista e que acreditavam em um projeto nacionalista para Cuba, dentro do respeito à propriedade privada. Era assinado então o Manifesto de Sierra Maestra que no ano seguinte, 1958, foi ampliado pela formação da Frente Cívico-Revolucionária Democrática no qual a burguesia cubana concordava com a luta armada para depor Fulgêncio Batista.

Ao longo de sua jornada até dia 24 de fevereiro de 2008 – ultimo dia de Fidel Castro formalmente no poder surge uma pergunta... Com toda essa trajetória que mostra a “cara” de Cuba para o mundo, o que será da Ilha de Fidel sem o mesmo no poder. Será que surgirão grandes investidores, e os interesses dos EUA sobre Cuba? Será que o país vai se integrar a OEA – Organização dos Estados Americanos. A pergunta é: pode-se abrir mão de 49 anos no poder? Ou Fidel vai “mandar” pelos bastidores? Qual será o futuro dessa Ilha que tanto chama a atenção do mundo Social e Político?

Video de Fidel em um grande momento que chamou a atençao de todo o mundo!
Fidel Falls - The most popular videos are here

2 comentários:

Letícia Murta disse...

Seu texto está fluindo muito bem, gostei!!!! Escreva mais.
bjs

Letícia Murta disse...

Já arrasei no seu perfil!!! Veja lá.
bjs