sábado, 29 de novembro de 2008

Pais ou Heróis?!! Eles são tudo!!


Antes, ser gay era algo abominável, demoníaco. Os homossexuais eram reprimidos a ponto de serem espancados se fosse descoberto por algum grupo de militares. E os gays com medo da repressão, viviam como hétero. “A autoconsciência se dá mais tarde depois que você esta mais seguro do que é e do que quer. É uma auto-afirmação sendo que quando estamos em fase de formação, não temos a mesma segurança que temos hoje”, explica o cabeleireiro Islande Barone Melo.
Ele é casado há mais de 10 anos com sua mulher que ao longo da relação foi percebendo algo diferente no marido. Ela ficou grávida do pequeno Artur e dois anos depois ficou grávida de Heitor. Vera, esposa de Islande, afirmar ter uma relação saudável com o marido assumidamente gay. “Eu sei da homossexualidade do meu marido, e, amo ele mesmo assim”, conta a dona de casa. Ela afirmou que a relação com o marido é normal.
Islande afirma que a vontade de ser pai, foi uma das razões que fez com que aceitasse a própria sexualidade. “Adoro receber meus amigos em casa, faço festinha de aniversario dos meus filhos que ganham muitos presentes dos meus convidados”, conta. Islande afirma que convive com a mulher por sentir um profundo carinho por ela. Ele diz que pensou em se separar, mas não saberia explicar para família o fim do casamento. Mas hoje em dia, todos sabem de sua sexualidade e o respeita.
“Sou pai e sou gay! Sou muito feliz pelos filhos que tenho pela minha companheira e a minha família como base da minha formação!”, exclama o cabeleireiro. Muitos dos seus amigos, ao assumir a sua homossexualidade, enfrentaram: a decepção dos pais, a vergonha da família, o afastamento dos amigos, o preconceito no trabalho e a discriminação da sociedade. “E eu fui muito macho para fazer isso!”, conclui.
Islande não se arrepende de ter tido dois filhos e relata que o que sente pela atual mulher é um profundo carinho e gratidão. Hoje é possível se imaginar pais sem, necessariamente, estar num casamento hétero. Já é possível um gay adorar uma criança ou ser pai biológico. O cabeleireiro diz ainda que não se sente diferente, e que, a sua designação homossexual só tem sentido para ele e não para os filhos. Ele tem orgulho de ser pai, e ser gay. E uma coisa não existe sem a outra.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Disputa pela Prefeitura de BH ferve!




Durante o debate realizado nesta última quarta feira (25/09/2008), houve um clima de vaias sobre o candidato a prefeitura de Belo Horizonte Marcio Lacerda(PSB) por não ter comparecido. Os candidatos presentes: Leonardo Quintão (PMDB), Jô Morais (PC do B), Sergio Miranda (PDT), Gustavo Valadares (DEM), Vanessa Portugal (PSTU), Jorge Piriquito (PSOL) e Pedro Paulo (PCO) apresentaram suas propostas, e nenhum deles é a favor da mudança do terminal rodoviário de Belo Horizonte que hoje esta situado no centro da cidade, e, são a favor da mudança do modelo pedagógico defendendo a escola integral afim de socializar as crianças.
O debate ministrado pelos professores da Faculdade Estácio de Sá, Evaldo Magalhães e Marcelo Fretas, foi dividido três fases. A primeira fase foi feita uma única pergunta para todos os candidatos, a segunda fase foi de perguntas específicas e a terceira fase foi perguntas abertas que os jornalistas presentes faziam no debate. Leonardo Quintão ganhou a simpatia do publico e se mostrou coerente quando o assunto era educação. Ele parte do princípio que é preciso alterar não só o modelo pedagógico bem como também ampliar as estruturas física das escolas para atender a todos os estudantes dos turnos da manhã e tarde.
Leonardo Lemos Barros Quintão foi vereador em BH e é atualmente Deputado Federal, formado em administração de empresas e economista.
Ao ser questionado sobre sua identidade partidária por causa da indicação direta do Governador Aécio Neves para prefeitura de Belo Horizonte, Quintão relata que nunca houve um arranjo político, ele disse que é amigo do Governador assim como é amigo do Presidente Lula. O candidato pretende formar parceria com o Governador e realizar seus projetos. Leonardo Quintão deixa bem claro que se eleito como prefeito de Belo Horizonte, sua prioridade não vai ser obras e sim as pessoas “vou atuar na área da saúde que é minha prioridade”, diz o candidato.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Viver e não ter a vergonha de ser Feliz!




Quem foi que disse que relacionamento gay não vai além da “pegação”? Por muitas vezes já foi questionado porque relacionamento heterossexual é mais duradouro do que relacionamento homossexuais. Será o fato de os gays viverem ainda à margem da sociedade, ou seja, em guetos tais como boates, clubes fechados ou até mesmo locais apropriado a esse grupo? Mas hoje em dia o homossexualismo está tão em evidencia, já até se reportar temas polêmicos e telenovelas.
Segundo a terapeuta Joanadeth Matias Salão, o relacionamento gay está cada vez mais sólido e semelhante aos relacionamentos heterossexuais no sentido de conflitos e acertos. “Faço terapia de casais e já entraram em meu consultório casais gays o no meu diagnóstico identifiquei problemas semelhantes aos dos casais héteros, diz. Para ela os gays estão cada vez mais satisfeitos com a relação e vêm cada vez mais se destacando no mercado de trabalho, bem como em todas as outras áreas em que atuam, no entanto, eles têm mais segurança em firmar uma relação.
Em uma de suas consultas a casais gays, ela percebeu que o que estava acontecendo entre eles era uma guerra de ego. Os parceiros estavam questionando


sobre a importância do trabalho do outro e as questões do piso salarial de um ser maior do que a do outro. “Na verdade eles estavam carentes um do outro, mesmo porque eles ocupam posições de executivos dentro da empresa em que atuam, sugeri que fizessem uma viagem longa e, durante a viagem fizessem uma auto-avaliação da relação e revivessem tudo o que viveram no início da relação, e, deu certo!” afirmou a terapeuta.
De acordo com a Joanadeth, há ainda muita promiscuidade no meio gay, mas, quando eles se propõem a viver uma relação de verdade eles são bem sinceros e felizes na relação. “No meio gay há muita promiscuidade sexual, essa coisa de carne mesmo”, diz a terapeuta. Para ela o relacionamento sexual tende a durar a vida toda, diferentemente dos héteros que se casam e se separam. Se for gay atualmente é moda o que podemos afirmar com relação aos divórcios?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Luz! Talento!! Ação!!!






Teatro com um clima descontraído, cenário simples que diz muito sobre o que esta prestes a acontecer! Atores nervosos, maquiagem a ser finalizada, e aquele retoque no figurino. São os elementos que se completam na arte de interpretar. É a arte do sonho e da realidade é a arte imitando a vida e claro o que não pode faltar, o grande público que está na expectativa do espetáculo “Cadeiras Cativas” montagem do grupo teatral ROTUNDA para semana da amostra de 1968. E o sonho acabou? Não se sabe, mas uma coisa é certa, o espetáculo vai começar.
O cenário foi produzido pelo artista plástico Djalma Marcelino, ele criou um plano de fundo com a idéia de prisão e sobre o palco havia doze cadeiras que se movimentavam ao longo do espetáculo dando suporte aos atores. Segundo o artista plástico, ele trabalhou com os recursos que tinha, pois não podia alterar a estrutura do auditório que foi o palco do espetáculo.

Ouça a entevista com o artista plástico e cenógrafo Djalma Marcelino sobre como foi o processo de criação do cenário do espetáculo “Cadeiras Cativas.”




Os atores por meio da sonoplastia e expressões corporais retratam o comportamento humano daquela época. Aborda dos mais variados constrangimentos sociais e individuais e a influencia política em 68. O ator Henry Pablo diz que o teatro redimensiona o que foi marcado no ano de 1968 e que atualmente as utopias acabaram e que os jovens de hoje perderam a essência do poder de contestação bem como toda sociedade em função do consumismo e individualismo.

Ouça a entrevista com o ator Henry Pablo sobre a importância dos jovens na época de 68 e a postura da sociedade como um todo nos dias atuais.



A atriz Alana Cássio falou sobre a maravilha de representar todo o movimento no período de 1968, compara o movimento aos “Sem Terra”. De acordo com a atriz os jovens lutam ainda mas por outras causas poucos expressivas como estudos, casa, carro etc.

Ouça a entrevista com a atriz Alana Cássio que falou sobre o papel da mulher nos dias atuais e os reflexos que o movimento de 1968 trouxe para a sociedade atual.





O espetáculo mostra que a sociedade civil em 1968, lutou naquela época, movimento utópicos ou não o fato é que havia um Brasil contestador que por muitas vezes foi silenciado até morte! A democracia hoje existe, e, ainda esta maqueada nos arraes politicos! Viver é não ter a vergonha de ser feliz em um país de brasileiros que sobrevivem e em constante luta diária com seus problemas individuais. O espetaculo cadeiras cativas convidou a todos a se sentarem e contemplar o que os jovens daquela época fez! As cadeiras do espetáaculo são para reflexões e não acomodação! E ae "pode chegar, pode escolher, a cadeira melhor para você!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

PT e PSDB juntos!!


Como já era previsto PT e PSDB estão de fato trocando alianças. Discussão em torno da união dos partidos em Belo Horizonte, faz com que o governador de Minas Aécio Neves negocie um encontro com o presidente Lula para planejarem a estratégia política. E o prefeito de Belo Horizonte já viajou para Brasília para discutir as eleições municipais de outubro. Pimentel pretende trabalhar para garantir uma nova decisão do comando nacional do PT, autorizando a parceria com o PSB.
O Prefeito deve jantar com o presidente nacional do PT – o deputado Ricardo Berzoini (SP), que não é favor da aliança entre os partidos pelo fato de a união partidária afetar as eleições presidenciais de 2010. E objetivo de Pimentel é mudar a decisão do comando nacional do PT e fazer com que a aliança entre os partidos seja autorizada, visto que, Fernando Pimentel e Aécio Neves, defendem a parceria em torno do empresário Marcio Lacerda (PSB). Para Lula a aliança em BH inclui ainda o PMDB comandado pelo Ministro das Comunicações Helio Costa, e o PRB, sob a liderança do vice-presidente Jose de Alencar. Já o presidente Lula não gostou do veto de Berzoini e pede uma solução imediata para Belo Horizonte.
O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse ontem que estava satisfeito com o fato do PSB manter a aliança com o partido nas eleições de Belo Horizonte, pois, é uma parceria que já vem sido concretizada há muito tempo, visto que, já é um passo para lançar a candidatura de Marcio Lacerda (PSB). O governador mineiro disse que respeita a decisão nacional do partido – o PT, mas pede que esta decisão seja revista. Aécio acredita que tal veto seja uma decisão intempestiva e espera, sobretudo, que se faça uma reflexão sobre a proibição das alianças.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Eles não falam e não escutam, mas o coração SIM!


Pensar uma leitura para surdos e mudos hoje em dia já é pensar numa leitura mais dinâmica, reflexiva e senao também pretenciosa! Desta forma, vamos pensar uma leitura mais apurada, desejável a fim de tornar esses leitores tão especiais em poetas do silêncio. Em entrevista com Rômulo Felipe dos Santos 18 anos que, é mudo, diz que a hábito da leitura vem desde pequeno. Sua mãe – Sandra Cristina dos Santos para amenizar a hiper-atividade do garoto, o colocava dentro do quarto de castigo por causa de alguma bagunça, e, para passar o tempo, ele lia seus livros, gibis e outras revistas de games que ela praticamente o obrigava. “Eu era muito bagunceiro então minha mãe me colocava de castigo e dizia que ja que nao tinha nada para fazer, era pra ler livros!”, diz aos risos o estudante. Durante a entrevista com o jovem mudo, descobrimos não é só habito de ler por ler, e sim discutir sobre o livro proposto, fazer criticas acerca de uma série de valores que eles próprios julgam como verdade. Segundo o estudante, ele e seu grupo de amigos têm o hábito de se reunirem com outros estudantes também mudos e surdos. E o interessante de tudo isso é a interação entre eles. Certa vez ele disse que estava apaixonado pela garotinha da sua turma e queria impressioná-la com algum poema então ele pediu ajuda a seu amigo Antonio que é mudo. Segundo Rômulo, Antonio é praticamente um poeta, que escreveu para ele o seguinte. “Já li você por inteiro com os olhos, agora quero lê-la ao som da mais bela canção de amor” (Antonio, 2002). Assim, ele mandou a frase para a garota e conseguiu conquistá-la! De acordo com Rômulo, seu grupo de amigos adora ler, ele acredita que a leitura fomenta a criatividade a aumenta o amor próprio. A mãe do adolescente diz que o incentivou a ler e que esse hábito adquirido vem de sua avó materna que lia sobre tudo. De acordo com a psicóloga Maria Alice Damasceno é fundamental o papel dos pais no incentivo a leitura, é muito importante para o desenvolvimento da criança que, futuramente será recompensada em seu contexto social, cultural e psicológico. ”Desde a mais tenra idade os pais devem levar a criança a brincar com livros. Depois de uma certa idade não adianta querer que a pessoa goste da leitura de autores mais prolixos, pois ela não foi acostumada com a leitura", diz.

Rômulo diz que uma vez ou outra arrisca em alguns poemas. Ele adora Machado de Assim e Paulo Coelho. “Gosto de ler também revista de automóveis e auto-ajuda e outas revistas infantis”, afirma o estudante. Ler é uma forma de adquirir conhecimento, enriquecer cultura e acima de tudo moldar nossos valores: éticos, morais e sociais. Eles têm boca que não fala e ouvidos que não percebem o mundo, mas, eles têm predisposição para conhecer o mundo sob outra perspectiva.



Entrevista com a psicóloga Maria Alice Damasceno

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Hora certa!


Em palestra na última quinta feira, o jornalista Domingues Meireles fala sobre sua trajetória jornalística. Meireles não se formou em jornalismo e aos 22 anos foi trabalhar no jornal A Última Hora. Após um ano e quatro meses de profissão foi trabalhar na Editora Abril e duas matérias de repercussão que ele fez – de acordo com ele, foi convidado a trabalhar na Revista Realidade, um veículo conceituado na época e com grandes profissionais. “Eu não me julgava qualificado e nem merecedor da Revista Realidade, mas eu tive sorte” afirmou o jornalista.

Provido de talento, Meireles estava na hora certa e no local certo! Já aos 65 anos, o jornalista Domingos Meireles publicou dois livros: “A noite das grandes fogueiras” e “1930: Os Órfãos da revolução”, e, obteve experiências profissionais nos maiores veículos de comunicação (atualmente trabalha no programa da TV Globo – Linha Direta, em que é o apresentador de matérias de jornalismo investigativo. O programa ganhou um prêmio e Nova York e Meireles foi pessoalmente recebê-lo.

A entrada dele na TV foi muito engraçada porque segundo o próprio jornalista, não têm biótipo para trabalhar em TV. Questionou isso a Armando Nogueira que o interpelou dizendo que estava à busca de experiência. A principio, Meireles foi mal recebido pelos colegas de redação da Globo. Estreou no Jornal Nacional e em seguida vai trabalhar no Fantástico que obteve melhor receptividade pelos colegas.

Hora certa, pode-se dizer que sim e Meireles contou com a sorte que lhe sorriu naquela época. E quanto a nós futuros jornalistas? Sabemos da nossa hora certa, mas quanto a ser jornalistas de verdade? Será que teremos que contar com o fator sorte? Não é o suficiente para nossa época... é preciso ter talento, competência e contar com velha fatia do bolo!! O famoso jeitinho brasileiro!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008

Muito além da Noticia, é Leticia Murta

Inteligente, perspicaz, polêmica, agressiva e senão também pretensiosa!! Essas são as muitas das características que contemplam o perfil de Letícia Murta (foto do arquivo pessoal) Apesar de que Murta não é adepta a “rótulos” e vive de forma intensa cada minuto que respira. Estudante de jornalismo, Letícia assinala uma brilhante história em seu período de graduação. Pretende ir muito alem até mesmo do que ela própria imagina.
Decidida, vai fazer seu projeto de conclusão de curso com base no jornalismo investigativo e policial, “meu objeto de pesquisa será formulado em função do jornalismo investigativo pelo fato de eu ter estagiado como apuradora de matérias policiais”, diz eufórica. A principio ela queria trabalhar em seu projeto de conclusão de curso com base na ética no jornalismo na questão da câmera escondida. “Quero poder entender até onde é ético entrar num local com uma falsa identificação e descobrir coisas ilícitas para informar ao publico”, afirma. Ela quer compreender até onde é ético essa postura profissional e a importância de informar e alertar a população sobre o que esta acontecendo.
Mas Letícia tem vontade de analisar como o gênero (investigativo) ganhou força e de que maneira se transformou no que conhecemos hoje. “O fim da censura oficial valoriza o debate ideológico, isso reflete também na cobertura policial?” questiona copiosamente. A estudante vai focar seu projeto de conclusão de curso dentro do período de abertura política no Brasil, entre 1975 a 1986, o repórter passa a atuar como investigador policial e dar atenção política às coberturas policiais. “Minha pesquisa pretende analisar a nova configuração que a imprensa assume no período de abertura política do governo Geisel e o fortalecimento da reportagem investigativa” diz. Deste modo, ela vai produzir um texto científico sobre o gênero investigativo de reportagem no Brasil.
Com isso, ela vai pesquisar durante o período de ditadura militar, as matérias de cobertura policial que são marcadas por um esvaziamento do debate político, reflexo da censura e a distensão política marca uma nova fase no jornalismo. A partir de 1975, no governo de Ernesto Geisel, e a abertura lenta, gradual e segura reflete também na imprensa. O AI-5 foi revogado em dezembro de 1975, os censores se retiraram das redações a partir de janeiro desse mesmo ano. Neste período o jornalista começa a atuar como investigador dos casos policiais e não apenas relatando os fatos. “O jornalista começa a assumir o papel fiscalizador” diz.

Saiba mais sobre Letícia Murta

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Herói? Tirano? Ele foi Tudo!!


Fidel Castro (foto ao lado - retirada do site Google) não queria só o poder, ele tinha o seu ideal. E com a aliança de outros grandes nomes, ele fez a sua historia em Cuba consolidando quase meio século no Comando da Ilha de Cuba. Fidel Alejandro Castro Ruz é o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros. Aos 33 anos de idade se torna Presidente de Cuba, a qual governa desde 1959 como chefe de Governo, e, de 1976 como chefe de Estado. Ele lutou tanto pelo poder que hoje suas condições precárias de saúde não o permitem continuar no cargo mais alto cubano – Chefe de Estado.

Nesta terça feira (dia 19 de fevereiro), Fidel Castro anunciou que não vai se recandidatar ao cargo de presidente de Cuba (Cargo que ocupa há 49 anos). Para muitos (seus defensores), o Presidente de Cuba teria representado o herói de uma revolução social e a garantia de repartição eqüitativa da riqueza no país, devido a sua política socialista. Para seus adversários internos e externos, no entanto, Castro foi um líder de regime ditatorial baseado numa política de partido único. Foi um líder bastante contestado e também admirado internacionalmente, principalmente pela sua ideologia e forte resistência às influencias sociais e sociológicas dos Estados Unidos da América.

A História de Fidel representa uma grande importância no âmbito político internacional, sua historia vai de encontro com historia de outros grandes revolucionários (“Che” Guevara Cienfuegos e Raul Castro – que se tornaram seus companheiros mais tarde). Ele se formou em Direito pela Universidade de Havana de Cuba e a partir de então se dedicou de modo especial à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo de Carlos Prio através do diário Alerta e das emissoras Radio Alvarez e COCO e se vinculou estreitamente ao Partido do Povo Cubano (Ortodoxo) que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952. Ano em que ocorreu o golpe de estado em 10 de março por Fulgêncio Batista ao qual Fidel condenou no diário La Palabra e pretendeu levar aos tribunais, o convenceu da necessidade de buscar novas formas de ação para transformar a sociedade cubana. El Acusador era o nome sugerido pelo grupo, Fidel foi co-editor deste novo órgão onde assinou seus trabalhos apenas com seu segundo nome, Alejandro. Este mesmo pseudônimo utilizaria mais tarde em suas correspondências e mensagens. Daquele grupo sairia o núcleo inicial de jovens que sob seu comando atacariam de assalto os quartéis de Moncada em Santiago de Cuba e de Céspedes, em Bayamo em 26 de julho de 1953 e fundaria depois o Movimento Revolucionário de 26 de julho.

O ano de 1953 marca-se de importância para Cuba, pois o movimento estudantil passa a promover manifestações contra o governo de Fulgêncio Batista. Em 26 de julho Fidel Castro liderou um ataque ao quartel de Moncada. A tentativa foi frustrada,pois, os rebeldes foram parar na prisão e, em maio de 1955, depois de anistiados, foram para o exílio no México. Fora de Cuba, Fidel, Raul Castro, o médico argentino Ernesto “Che” Guevara e Camilo Cienfuegos Gorriaran organizaram o movimento 26 de julho, com o claro objetivo de voltar a Cuba e derrubar a ditadura de Batista. Fidel, Raul e “Che” conseguiram chegar a Sierra Maestra de onde passaram a organizar os camponeses para a luta armada. Ao mesmo tempo os rebeldes buscavam o apoio de setores da burguesia contrário à ditadura de Fulgêncio Batista e que acreditavam em um projeto nacionalista para Cuba, dentro do respeito à propriedade privada. Era assinado então o Manifesto de Sierra Maestra que no ano seguinte, 1958, foi ampliado pela formação da Frente Cívico-Revolucionária Democrática no qual a burguesia cubana concordava com a luta armada para depor Fulgêncio Batista.

Ao longo de sua jornada até dia 24 de fevereiro de 2008 – ultimo dia de Fidel Castro formalmente no poder surge uma pergunta... Com toda essa trajetória que mostra a “cara” de Cuba para o mundo, o que será da Ilha de Fidel sem o mesmo no poder. Será que surgirão grandes investidores, e os interesses dos EUA sobre Cuba? Será que o país vai se integrar a OEA – Organização dos Estados Americanos. A pergunta é: pode-se abrir mão de 49 anos no poder? Ou Fidel vai “mandar” pelos bastidores? Qual será o futuro dessa Ilha que tanto chama a atenção do mundo Social e Político?

Video de Fidel em um grande momento que chamou a atençao de todo o mundo!
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